O Transtorno Obsessivo Compulsivo(TOC) é um Transtorno de Ansiedade cada vez mais comum na sociedade. Com o aumento do número de casos diagnosticados desse transtorno, é preciso conhecê-lo melhor. Você sabe realmente o que é o TOC? Já viu pessoas se autodiagnosticando como portadores desta doença? Este artigo foi escrito para que você entenda quais os principais sintomas do TOC, saiba se TOC tem cura e qual o tratamento do TOC.
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O Que É Transtorno Obsessivo Compulsivo?
Embora o transtorno de ansiedade conhecido como TOC seja popular, a descrição e até mesmo o diagnóstico se tornou algo leviano nos últimos tempos. Por isso, pretendemos esclarecer o que é Transtorno Obsessivo Compulsivo, a fim de deixar mais claro como efetuar o diagnóstico diante dos principais sintomas e qual o tratamento do TOC.
Primeiramente, o TOC é nomeado como um distúrbio psiquiátrico de ansiedade segundo o “Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais DSM.IV”. Ele é caracterizado, principalmente, pela ocorrência de crises recorrentes de obsessões e compulsões. Em alguns casos, esse comportamento se intensifica por compulsões e repetições.
De maneira bem geral, as obsessões e compulsões das pessoas acometidas por esse transtorno costumam se concentrar na área da limpeza, além da obsessão por conferir e contar itens, bem como a sistematização, caráter metódico e simétrico da organização, além do colecionismo. Embora esses sejam os casos mais comuns, as obsessões podem variar ao longo da evolução da doença.
Uma das formas de entender melhor os aspectos gerais do TOC é o entretenimento. Nesse quesito, o filme Melhor é Impossível (As Good as It Gets) é um ótimo exemplo. Durante o longa, o personagem Melvin Udall (Jack Nicholson) é um escritor grosseiro e sarcástico que mora em Nova York e, diante de vários problemas, ainda precisa lidar com seu TOC. O filme é divertido e interessante.
Classificações do TOC
O Transtorno Obsessivo Compulsivo é conhecido de forma muito geral, e sua classificação ainda não é muito difundida. A rigor, existem dois tipos de classificações do TOC:
Transtorno Obsessivo Compulsivo Subclínico
Segundo o doutor Dráuzio Varela, esse tipo de TOC é caracterizado pela frequente repetição de rituais e obsessões próprias do portador do transtorno. Porém, nesse caso, tais compulsões não chegam a atrapalhar a vida pessoal da pessoa, sendo algo, por enquanto, restrito a detalhes e atividades mais simples da vida, como organizar algo simetricamente ou ter compulsão por limpeza – ao limpar a mão depois de encostar-se a uma maçaneta, por exemplo.
Transtorno Obsessivo Compulsivo Propriamente Dito
Nesse caso, as compulsões e obsessões do indivíduo afetado pelo TOC afetam sua vida pessoal, considerando que os pensamentos em torno de uma compulsão só são aliviados caso haja o exercício do ritual. Quando o TOC se caracteriza como Compulsivo Propriamente Dito, é mais frequente no indivíduo a invasão da mente por imagens e pensamentos insistentes, que se repetem a todo o momento, sempre focadas no mesmo acontecimento, além da incapacidade da pessoa de controlá-los ou esquecê-los. A forma de aliviar a ansiedade e compulsão provocada pelas repetições do momento é por meio dos rituais que permitam a organização e controle do que quer que seja segundo o entendimento do indivíduo do que é correto.
Segundo a regra geral, a maioria das pessoas que sofre com essas compulsões percebe a irracionalidade e exagero criado por sua mente, mas, como não conseguem se livrar das obsessões, elas acabam cedendo aos rituais. Justamente por ter noção da falta de senso, muitos tentam esconder de alguma forma esses ritos, disfarçando-os.
Mesmo que a interferência na vida pessoal seja algo mais marcante na segunda classificação do TOC, a primeira classificação do TOC também se manifesta em rituais que também podem tomar bastante tempo do dia dos indivíduos afetados. Isso acontece em ambos os casos de TOC.
Sintomas do TOC
Os sintomas do TOC são bem diversos. Por causa disso, há uma popularização e conseqüente equívoco quanto ao que se deve classificar como TOC ou não. Devido a isso, é importante discernir entre pessoas com características metódicas – o que as leva a realizar vários rituais, mas não necessariamente ligados a compulsões características do Transtorno Obsessivo Compulsivo – e entre pessoas que se deixam controlar pelas obsessões e realizam rituais por questões de necessidade, pois acreditam que algo horrível acontecerá caso elas não executem essas obsessões.
Portanto, embora um dos principais sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo seja a realização de rituais compulsivos, a doença é diagnosticada a partir das motivações dessas realizações. Elas são baseadas, como constatamos a partir da visão do doutor Dráuzio Varela por pensamentos obsessivos, como uma forma de aliviar a ansiedade provocada pela compulsão de organizar ou realizar algo da maneira que se considera correto.
Além disso, é provável que as pessoas diagnosticadas com Transtorno Obsessivo Compulsivo também contenham outros transtornos de ansiedade ou fobia social, como Síndrome do Pânico, Transtorno de Ansiedade e mesmo depressão. Por isso, consultar uma opinião médica é essencial nesse processo.
Tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo
Ainda que sejam muitas as dificuldades enfrentadas pelos indivíduos diagnosticados com esse transtorno, o TOC tem cura, sim. O tratamento do TOC pode ser medicamentoso e não medicamentoso. O de tipo medicamentoso utiliza antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina.
Por outro lado, o não medicamentoso se concentra em controlar a ansiedade gerada pela compulsão a partir do seu próprio estímulo, começando pelas obsessões mais brandas. Embora não seja tão considerado quanto o medicamentoso, essa terapia cognitiva comportamental comprovou eficácia sobre a doença.
Depois de toda essa abordagem sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo, o mais importante a se reter é que o TOC tem cura. Há certa quantidade de tratamentos, e cada um deles deve ser discutido com o médico em questão, desde um clínico geral e um psicólogo até um neurologista e psiquiatra. Em casos infantis, um pediatra também deve ser consultado.
Fique atento aos sintomas do TOC e procure identificar as motivações dos rituais do indivíduo. Se eles tiverem fundamento em compulsões incontroláveis, é aconselhável procurar um médico.
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Fontes
https://drauziovarella.com.br/
http://www.ufrgs.br/ufrgs/inicial
http://www.minhavida.com.br