Se você tem depressão, já deve ter ouvido algumas frases que, apesar de serem uma tentativa de ajudar, te deixaram pior do que estava. Uma delas é a famosa “tem gente com muito mais problemas que você e não estão assim”. Sabemos, obviamente, que isto é fato, tem pessoas com problemas piores e não tem depressão. Isso porque a depressão é uma doença que não escolhe a vítima. Ninguém tem depressão porque quer. Ter ou não problemas não é o que causa a depressão. Aliás, cada dificuldade é vista de uma forma, dependendo de cada pessoa. Para alguns, um pneu furado é algo simples de resolver, algo corriqueiro, que pode acontecer com qualquer um. Outros enxergam a mesma situação como sinal do fim do mundo.
Mas o foco deste artigo é outro, vou falar sobre algo muito importante: a generosidade e como ela pode te fazer feliz. Mas como posso ser generoso se nem meus problemas consigo resolver? Já tenho tantas preocupações, como é que vou ficar feliz tendo mais uma? A resposta para isso você vai encontrar neste artigo. Leia até o fim e compartilhe com os amigos, você pode ajudar muita gente!
Olhando-se no Espelho
Antes de começar, olhe-se no espelho. Não literalmente, olhe para dentro de si. Veja como você se sente. Imagine como seria bom ter alguém com quem contar, como seria bom ter alguém que te ajude, mesmo em pequenas coisas. Não seria bom saber que uma pessoa separou um pouco do precioso tempo que tem só para tentar fazer algo por você, sem querer nada em troca? Comece pensando nisto.
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Depois, se concentre nas suas habilidades, pense no que você sabe fazer. Todo mundo sabe fazer algo. Pintar, ler, correr, conversar, cozinhar ou escrever, qualquer coisa! Há tanta gente que tem algum talento e não se dá conta disso por ser algo tão corriqueiro para elas… Muitas vezes uma atividade que você considera simples pode ser um diferencial.
Muitas vezes estamos nos sentindo tão mal que acreditamos ser incapazes de qualquer coisa. Pensar em ajudar alguém parece algo impossível, pois nosso estado não permite. Mas você sabia que isso pode ser a solução para nossos problemas? Sim!
Neste artigo você vai saber como doar (dinheiro, tempo ou o que for) pode te fazer uma pessoa mais feliz. Mesmo com o pouco que tem a oferecer você pode fazer a diferença na vida de alguém. E, melhor ainda, você vai entender como um pequeno gesto seu pode mudar a sua vida para melhor!
Além da explicação vou incluir um relato de uma mulher que mudou sua vida ajudando aos outros. Leia tudo até o fim e vai compreender que todo mundo pode fazer algo e que mesmo as pequenas ações podem causar um grande impacto positivo!
Os benefícios físicos e mentais de doar
No livro The Giving Way to Happiness: Stories and Science Behind the Life-Changing Power of Giving, Jenny Santi compartilha uma enorme variedade de dados científicos que mostram a ligação entre o ato de doar e a felicidade, e como o altruísmo é fixado no cérebro. Cita como exemplo um estudo liderado por Jordan Grafman, neurocientista dos Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health) dos Estados Unidos. Este estudo indicou que, quando os participantes doaram para instituições de caridade, a ressonância magnética funcional (fMRI) mostrou que uma área do cérebro conhecida como córtex pré-frontal anterior foram acionados. Ela explica:
“Os resultados demonstraram que, quando os voluntários colocavam os interesses dos outros antes dos deles, a generosidade ativava uma parte primitiva do cérebro que geralmente é acionada em resposta à comida ou ao sexo. A doação afeta dois sistemas de “recompensa” do cérebro que trabalham em conjunto: a via mesovímbica da área tegmental ventral (VTA) do mesencéfalo, que também é estimulada por alimentos, sexo, drogas e dinheiro; bem como a área subgenera, que é estimulada quando as pessoas veem bebês ou a pessoa amada. “
Doar traz também benefícios físicos. O especialista em voluntariado e bem-estar Allan Luks introduziu, há 20 anos, o termo helper’s high (sentimento de satisfação) para descrever a poderosa sensação física experimentada ao ajudar os outros. Isso se estende também a atividades que são confiadas a nós, como cuidar do cônjuge, por exemplo. Um estudo de 2009 sobre Ciência Psicológica, liderado por Stephanie Brown, mostrou que gastar ao menos 14 horas por semana cuidando da esposa ou do marido contribuiu para a diminuição da mortalidade para o cuidador. Quando participamos de altruísmo ou atividades voluntárias, nossos cérebros liberam um hormônio “da felicidade” chamado oxitocina. Curiosamente, Santi explica que “quando nossos circuitos de compaixão estão ligados, nossos circuitos de raiva não conseguem ser ativados”.
Generosidade Gera Felicidade
Várias histórias nos fazem pensar que isso talvez seja verdade. Mas um grupo de pesquisadores conseguiu comprovar: generosidade gera felicidade! Assista o vídeo e entenda como isso acontece!
Quando o Burnout acontece
Este é um interessante relato de Therese Borchard, criadora da Fundação Beyond Blue:
“Experimentei o burnout* tudo quando criei a Fundação Beyond Blue, uma organização sem fins lucrativos que oferece esperança e apoio a pessoas com depressão crônica. Alguns meses depois, dedicar 25 ou 30 horas da minha semana sem remuneração alguma envelheceram-me – especialmente ao tentar cuidar de duas crianças que precisavam de atenção, do meu trabalho (remunerado) e de uma depressão crônica. Além disso, o processo de angariação de fundos produziu em mim muita ansiedade e depressão: como uma pessoa altamente sensível, ouvir um não 99 vezes em 100 ao pedir dinheiro foi muito desmoralizante. Eu tentei não tomar isso como pessoal, até que percebi que não fui feita com o mesmo material que um amigo meu, um diretor de desenvolvimento que tentou convencer-me de que a angariação de fundos é um ‘sacerdócio'”.
“Depois de muitas lágrimas e frustrações, tive uma conversa sincera com Deus, no qual eu perguntei: ‘Por que você plantou essa semente no meu coração se gerenciar essa organização sem fins lucrativos está produzindo em mim os mesmos sintomas que a organização está tentando aliviar nos outros?’. Eu deixei claro para ele que preferiria me preparar para cinco colonoscopias – em cinco países estrangeiros – do que ter que pedir dinheiro a amigos e familiares e perder tempo pedindo donativos (porque ainda preciso deles). Se isso tinha que acontecer, eu disse a ele, cabia a Ele fazer funcionar.
* Para saber o que é o burnout clique aqui.
Duas coisas aconteceram a seguir
“Em primeiro lugar, uma mulher que não conheci me enviou 1.000 dólares, completamente do nada, o que pagou as taxas de hospedagem e suporte técnico para o Projeto Beyond Blue (nossa comunidade de depressão online) por cinco meses”.
“Em seguinda, uma mulher na Alemanha veio a mim e disse que, depois de ler todas as histórias desesperadas do Projeto Beyond Blue, ela gostaria de criar um programa para angariar fundos para o Beyond Blue, além de doar $ 1.000 para ajudar alguém a pagar pelo tratamento de depressão que ele ou ela não pudesse pagar”.
“Fiquei maravilhada com a bondade e a generosidade dessas duas mulheres. Elas me fizeram perceber porque eu tinha formado a base em primeiro lugar. O helper’s high voltou quando a segunda mulher e eu pensamos nos detalhes do novo Programa de Fundos Beyond Blue, que ajudaria a pagar um tratamento alternativo para alguém com depressão profunda, além de dar a essa pessoa um pouco de esperança, o que poderia salvar uma vida. Sua pureza de coração me moveu além do meu burnout e trouxe-me de volta o espírito do altruísmo”.
Como os altruístas ficam felizes
“O Burnout é muito real. É por isso que fiquei satisfeita pelo fato de Santi ter abordado este tema em seu capítulo sobre a fadiga da compaixão. Se você não for cuidadoso, você chegará rapidamente ao estágio quatro (como aconteceu comigo): sintomas sérios de estresse, cinismo completo, perda de interesses profissionais, apatia e atitudes negativas em relação ao trabalho. Eu decidi implementar três de suas recomendações para pessoas que ficam resilientes e felizes enquanto fazem um bom trabalho”.
Eles cuidam de si mesmos em primeiro lugar
“Se eu não tiver cuidado, posso facilmente gastar 40 horas por semana sem remuneração respondendo aos e-mails e perguntas da fundação em nossos fóruns. Então criei um e-mail especial apenas para os meus editores da Everyday Health e para o meu marido. Ninguém mais me paga ou faz café da manhã para meus filhos. Dessa forma, eu posso tirar pausas de todos os e-mails se eu precisar e posso limitar o tempo que eu devo dedicar a eles. Era importante para mim fazer a distinção entre meus esforços de caridade e meu trabalho pago, pois a caridade estava começando a assumir minha vida, o que causava ressentimento e outros problemas. Depois de separar “o que paga” de “o que não paga”, decidi dispensar dez ou 15 horas por semana para o trabalho de caridade, dependendo de quanto tempo sobrou depois do meu trabalho pago estar pronto”.
Eles sabem como dizer não
“Ainda estou muito mal com isso. No entanto, recentemente pedi mais ajuda para administrar o Projeto Beyond Blue e a fundação para que eu mesma não tenha que fazer tanto. A vida acontece e às vezes as pessoas não podem fazer tudo o que você pede. Isto é realmente um problema quando você não está pagando a ninguém. Então, em vez de assumir o que sobrava, eu decidi que alguém mais podia fazer isso, ou então eu deixava as coisas rolarem – fosse um programa ou e-mail ou algum outro pedido de membros. A verdade é que dizer que não às vezes resulta em uma confusão com a qual você precisa aprender a viver, talvez mudando seu ponto de vista – em vez de corrigi-la”.
Eles renovam sua energia indo mais fundo na causa
“Foi o que a mulher da Alemanha fez por mim. Eu estava me preparando para dizer ao conselho que não tinha intenção de adicionar novos programas nos próximos dois anos – porque eu era severamente alérgica a pedir dinheiro – quando recebi o gracioso email. Sua compaixão era contagiosa e, em pouco tempo, lembrei-me do motivo pelo qual eu encarei o problema de criar a Fundação – fpo para ajudar aqueles que pensam que não há esperanças para seu futuro”.
Histórias Inspiradoras
O livro de Santi é uma ótima leitura não só para aqueles envolvidos no trabalho sem fins lucrativos. Quem quer saber como ajudar, como encontrar um propósito ou como fazer a diferença vai adorá-lo! É muito inspirador conhecer as histórias por trás dos motivos pelos quais alguns dos maiores filantropos do mundo doam seu tempo e dinheiro para uma causa.
Tente você também fazer algo por alguém! Doe dinheiro ou algo que você não usa mais. Mesmo um pouco do seu tempo! Mas sempre sem esperar nada em troca. Certamente isto lhe fará bem, você não irá se arrepender!
Mas atenção: é possível que você pegue o vírus da generosidade!